sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

uma árvore atrás das casas


e pássaros em circulos no azul.

rodo o pulso
e sob a pele há palavras.

faz barulho?
uma pessoa no silêncio faz barulho?

acendo o lume.

não tarda, morre-se
e ainda se sabe tão pouco.

posso?
uma pausa.

I asked one tree, 
one tree to take me into your house


quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

deixa que o mar entre pela janela



e o sal se entranhe nos lençóis
e a gente corra a língua pelos corpos a limpar o seu rasto

escreve-me aqui, debaixo da pele,
junto aos pulsos,
escreve aqui o teu nome,
o teu cheiro,
o segredo da tua boca


os dedos bifurcados na descida
do meu colo






domingo, 11 de dezembro de 2016

de nada nos servem as palavras

nada garantem
com os seus ruídos
e segredos
com as suas árvores de plástico
e os seus falsos outonos

(falta tão pouco para a primavera)

apenas decoram o topo de montanhas